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Cinco aspectos-chave para gerar engajamento na empresa

Publicado em 01/07/2020

Foi na década de 90 que o termo “engajamento” começou a ser usado para descrever o verdadeiro comprometimento dos colaboradores com os assuntos da empresa. Desde então, a palavra ganhou espaço no mercado e foi objeto de análise de pelo menos 200 artigos acadêmicos.

O que há de tão interessante no conceito de engajamento é, principalmente, que 30 anos depois promovê-lo em ambiente corporativo ainda é um grande desafio para a maioria das organizações.

Por que o engajamento é importante? Porque uma tarefa realizada com envolvimento e determinação é sempre mais eficiente do que algo que é feito por fazer. Este aspecto impacta no resultado final, uma vez que permite que os envolvidos visualizem o cenário de maneira ampla – the big picture, como dizem os norte-americanos – antecipando possíveis falhas e problemas futuros e garantindo um desempenho melhor. 

Apesar de não haver uma receita ou fórmula perfeita para incentivar os indivíduos a “vestirem a camisa” da organização, os esforços daqueles que se debruçaram a pensar esses processos renderam algumas pistas que contribuem com o processo.

A seguir, listamos cinco práticas essenciais para quem deseja uma companhia envolvida e em sintonia com os objetivos coletivos.

Comunicação 

Como os colaboradores poderão contribuir para alcançar os objetivos da empresa se não os conhecem em profundidade? A comunicação clara e eficiente no âmbito corporativo é um componente essencial para garantir que todos trabalhem focados nos mesmos objetivos. 

Mas não se trata apenas de informar verticalmente. Ouvir as sugestões, levá-las, de fato, em consideração na tomada de decisões e tratar dos assuntos de maneira horizontal também faz com que os colaboradores se sintam parte do processo. 

Algumas soluções podem contribuir com esse aspecto: canais diretos para falar com os gestores, espaços para sugestões e momentos dedicados ao brainstorming são exemplos de iniciativas que contribuem. Contudo, um erro frequente das empresas é disponibilizar os canais de interação e não ouvir o que chega por eles. A comunicação é sempre uma troca, e é aí que entra o próximo aspecto: o feedback.

Feedback

Tão importante quanto o direcionamento na fase inicial de um novo projeto, é o acompanhamento enquanto ele é desenvolvido. Como um trabalho pode ser bem sucedido se o indivíduo não sabe se está no caminho certo e se o que está desenvolvendo está dentro do esperado? Há quem defenda que o feedback não só é uma das ferramentas mais importantes da comunicação, mas a mais importante.

Para que essa prática tão importante e que deve ser constante não seja negligenciada na agenda intensa do escritório, uma saída é recorrer a ferramentas que facilitam a gestão de feedbacks entre líderes e liderados.

Essa é uma das soluções disponibilizadas pela PRO, a startup incubada pela Proposito/Transearch, por exemplo. Usando o smartphone, os usuários podem fornecer e receber feedbacks a qualquer momento, agendar encontros e reuniões, entre outros. Ela ajuda a garantir que os liderados estejam recebendo adequadamente o retorno sobre as atividades desenvolvidas e facilita a comunicação entre gestor e colaboradores. 

Autonomia

Regras e procedimentos são necessários e recomendados, mas qual a divisa entre oferecer caminhos e limitar os colaboradores em sua criatividade e iniciativa? 

Oferecer autonomia aos funcionários é uma forma de empoderar e encorajar, permitindo que tragam suas próprias experiências como forma de construção da empresa. Diversas pesquisas com trabalhadores das mais diferentes áreas concordaram, em seus resultados, que a autonomia é um dos fatores que mais impactam na satisfação profissional. 

Um estudo realizado com mais de 1400 trabalhadores da área de saúde em Taiwan, por exemplo, mostrou que liderados que sentem ter autonomia têm menos chances de deixar suas funções e reportam um senso maior de bem-estar no ambiente de trabalho. Mais valorizados, mais produtivos, mais envolvidos com a cultura organizacional e… mais engajados!

Reconhecimento

O que te motiva a levantar todos os dias e desempenhar suas atividades, mesmo aquelas mais enfadonhas e pouco estimulantes, porém necessárias? Já se perguntou quais são as motivações dos seus liderados? Para muitos, a compensação financeira é o aspecto mais importante, mas para tantos outros, é a satisfação que advém de um trabalho bem feito – e reconhecido pelos demais. 

Um estudo divulgado pelo Psicology Today mostrou que 70% dos trabalhadores acreditam que o reconhecimento não pode ser medido em moeda financeira e 83% disseram que ter suas contribuições valorizadas e reconhecidas é mais gratificante do que recompensas ou presentes da empresa. A admiração dos pares, colegas de trabalho e outros profissionais é muito ou extremamente motivadora para 76% dos entrevistados, número que aumenta para 88% quando se trata da admiração dos gerentes. 

Se enxergam que a empresa de fato reconhece os esforços, a dedicação e o envolvimento dos colaboradores, estes se sentem mais comprometidos com os resultados. Sentir-se parte de um todo é, afinal, uma das características mais humanas que pode existir.

Possibilidade de crescimento e remuneração

Sim, acabamos de dizer, no tópico acima, que o reconhecimento é um dos fatores mais importantes no engajamento dos colaboradores. Mas não se pode negar que uma das maneiras de demonstrar o reconhecimento é a remuneração justa e generosa. 

É claro que nem sempre as empresas dispõem dos recursos para oferecer as recompensas financeiras que acredita que seus funcionários mais engajados merecem, mas essa compensação pode vir de outras formas.

Programas de participação nos lucros, bonificações por produtividade, projetos de recompensa coletiva, parcerias com empresas voltadas ao lazer, ao bem-estar e à qualidade de vida, tudo isso são maneiras alternativas de oferecer recompensa financeira de incentivo ao engajamento.

Além disso, um plano de cargos e carreiras sólido para que o trabalhador vislumbre possibilidade concreta de crescimento dentro da realidade da organização é outra maneira de demonstrar seriedade ao olhar para os recursos humanos.